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Preservativos previnem câncer cervical

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Os pesquisadores acreditavam nessa teoria há algum tempo porém existem evidências concretas para suportá-la: os preservativos reduzem drasticamente o risco de transmitir o vírus que causa problemas genitais graves originado a segunda pior forma de câncer entre as mulheres (depois do câncer de mama) - o câncer cervical.

A Agência Reuters baseado no New England Journal of Medicine publicou resultados surpreendentes, mostrando que mulheres que exigem que seus parceiros masculinos usem sempre preservativos têm 70% a menos de probabilidade de desenvolver uma infecção pelo Papillomavirus (HPV) do que os 5% em mulheres cujos parceiros pouco ou mesmo não usam o contraceptivo. O papillomavirus causa neoplasias epiteliais escamosas e benignas podendo às vezes progredir para malignidade e gerar a morte. O HPV infecta a metade de adultos sexualmente ativos em algum momento de suas vidas, mas é geralmente pouco preocupante. Às vezes, entretanto, pode causar crescimento cervical anormal que pode se tornar cancerígeno. Esta doença é extremamente preocupante no universo feminino visto que mata cerca de 4 mil mulheres só nos Estados Unidos e 290 mil mulheres em todo o mundo anualmente.

Os investigadores seguiram a saúde e a atividade sexual (com e sem uso do preservativo) de 82 mulheres da cidade de Washington que se submeteram a exames ginecológicos em cada quatro meses durante um ano e apresentando por internet diários sobre as suas vidas íntimas. O estudo veio em boa hora porque diversos resultados precedentes tinham sugerido que os preservativos fazem pouco para proteger o vírus que é transmitido através do contato pele a pele. Um comunicado feito pela University of Washington foi claro: “Mesmo mulheres cujos parceiros usaram preservativos mais do que a metade do tempo tiveram uma redução de risco de 50%, em comparação à aquelas cujos os parceiros usaram preservativos menos que 5% do tempo”.

Entretanto, os EUA através da Food and Drug Administration (FDA) aprovaram em 2002 a primeira vacina mundial para prevenir o câncer cervical. O novo medicamento, chamado Gardasil e fabricado pela companhia Merck & Co., foi elaborado para ser administrado a meninas e mulheres entre 9 e 26 anos de idade. Mas como neste tipo de assuntos, o lado conservador dos EUA assumiu posição rígida e lutou contra a comercialização do medicamento alegando “que tratar meninas antes que elas sejam sexualmente ativas encorajaria a promiscuidade das jovens”. A FDA mostrou-se otimista com os avanços da ciência nos últimos anos e acredita que este novo fármaco traz uma esperança real ao universo feminino. A vacina foi aprovada devido aos bons resultados de um programa de testes clínicos de seis meses, envolvendo 21 mil mulheres em todo o mundo. 

O novo medicamento é eficaz contra quatro principais tipos do vírus HPV afirma a FDA e 3 injeções vão custar US$ 360 (aproximadamente R$ 865) segundo a companhia Merck. Para maiores detalhes deste estudo e do câncer cervical a BIOTEC AHG publicou Eficácia de nova vacina contra HPV em Setembro de 2005 dando grande ênfase a esta patologia e aos seus modos de combate. Um ano antes, precisamente em Setembro de 2004 a BIOTEC AHG lançou Brasileiros criam vacina contra papilomavírus humano dando destaque aos pesquisadores do Departamento de Microbiologia da Universidade de São Paulo (USP). No início de 2002 a matéria intitulada Vacina contra câncer de colo de útero deu início a cobertura e importância que a BIOTEC AHG tem demonstrado a este assunto. Estas matérias podem ser facilmente consultas em nosso acervo.   

O câncer cervical

O câncer cervical ou cérvix uterino é um dos mais comuns entre as mulheres. No passado era uma das maiores causas de morte por câncer, porém graças aos novos conhecimentos sobre a enfermidade e aos avanços feitos para eliminá-lo na sua primeira fase, como o uso de preservativos durante todo o ato sexual e exame preventivo do método Papanicolaou é hoje um dos mais curáveis. O câncer cervical, como seu nome indica, se situa no cérvix uterino, porção inferior e estreita do útero que desemboca na vagina. É neste lugar que as células do cérvix sofrem agressão do seu material genético pelo Papillomavirus durante a relação sem proteção, originando posteriormente o câncer. A causa precisa, como ocorre na maioria dos cânceres, é desconhecida. Entretanto, pensa-se que os seguintes fatores podem incrementar o risco: ter uma vida sexual ativa precoce, ter tido vários parceiros sexuais prévios, já ter contraído verrugas genitais, fumar, ter displasia cervical, entre outros fatores.     Os principais sintomas são: hemorragia anormal, aumento de fluxo vaginal, dor no púbis durante o coito, entre outros sintomas. O tratamento depende do diagnóstico. Segundo a extensão do câncer, o tratamento pode consistir em uma ou mais terapias: Cirurgia que vai desde a eliminação do tecido anormal, terapia de radiação para matar as células cancerígenas ou quimioterapia para destruir as células que existam no corpo. 

Um câncer incipiente e não evasivo (carcinoma in situ) pode ser tratado com uma operação mínima, enquanto que um câncer evasivo requer uma histerectomia. O tratamento da displasia e dos cânceres incipientes tem um alto índice de êxito. O índice de sobrevivência nos 5 anos para mulheres com carcinoma in situ é praticamente de 100%. No entanto, se a enfermidade já é evasiva, a eficácia do tratamento diminui. Mesmo depois de um tratamento com êxito, a mulher deverá consultar o médico regularmente.

  
26/06/2006
 

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