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Antibiótico contra infecção hospitalar é descoberto na Alemanha

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Cientistas alemães da farmacêutica Merck descobriram um antibiótico que combate bactérias causadoras de infecções hospitalares, inclusive os estafilococos (estaphylococus aureus). Para chegar a este resultado, foi analisada uma amostra de terra da África do Sul que levou a um novo elemento produzido pela bactéria Streptomyces platensis, o composto surge na tentativa de defesa contra micróbios e foi chamado de “platensimycin”. 

Segundo a EFE London, caso o antibiótico seja realmente eficaz, será o terceiro elaborado nas últimas quatro décadas. O remédio poderia ser também utilizado contra os germes que ainda se mostram resistências aos antibióticos até agora conhecidos. O composto feito pelos pesquisadores está sendo estudado para combater o estaphylococcus aureus, resistente à meticilina, causadora de inúmeras infecções hospitalares.

A meticilina é uma bactéria facilmente encontrada na pele das pessoas e no nariz. Algumas vezes se manifesta em forma de chagas, porém muitas vezes não apresenta nenhum sintoma. Em hospitais, a doença é transmitida por contato físico e é responsável por graves infecções em pacientes com cateteres ou feridas abertas. 

Bactérias semelhantes a meticilina foram injetadas em ratos de laboratório e o novo antibiótico foi capaz de curar várias das cobaias sem apresentar efeitos colaterais, o que mostra que existe uma grande possibilidade de que o platensimycin seja eficaz, tanto com essa bactéria, como com muitas outras. 

De acordo com a revista Nature, o elemento químico platensimycin é muito diverso, comparado aos tradicionais. Ele atua bloqueando as enzimas que estão relacionadas na síntese dos ácidos gordurosos e, segundo a mesma revista, as bactérias necessitam dele para construir membranas das células. Grande parte dos antibióticos bloqueia a síntese da parede celular, as proteínas dentro da bactéria e o DNA. Como muitos destes medicamentos são descendentes dos antibióticos produzidos nas décadas de 40 e 50, várias bactérias conseguiram desenvolver certa resistência. Como o medicamento é diferente dos já conhecidos, oferece novas esperanças.    Vale lembrar que até o presente momento o teste foi realizado apenas em ratos de laboratório e provavelmente vai demorar até que possa ser usado em humanos, mesmo assim, a descoberta veio em boa hora, tendo em vista que o número de novos remédios vinha diminuindo, enquanto os casos de infecção hospitalar e resistência aos medicamentos só aumentavam.

  
22/05/2006
 

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