Vírus do Nilo pode chegar ao Brasil |
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O Vírus do Nilo Ocidental acaba de ser
detectado por cientistas Argentinos em Buenos Aires. O vírus chega à América
do Sul depois de aterrorizar os EUA na década passada, com 62 casos em 1999 e
21 casos em 2000, chegando a matar 20% dos enfermos. O fato preocupante é
que, para especialistas, a chegada do vírus ao Brasil é apenas uma questão de
tempo. O parasita ataca cavalos, até agora foi isolado em animais de dois haras do município de Pergamino e um em um hipódromo da capital, sendo que os três morreram com o sintoma da doença: inflamação no cérebro (encefalite). Segundo a virologista do Instituto Nacional de Doenças Virais Humanas em Pergamino Silvana Levis declarou à Folha de São Paulo, a seqüência genética das amostras dos vírus encontradas nos animais indica 97 a 99% de semelhança com as duas linhagens do vírus isolado em NY. De acordo com o mesmo veículo de comunicação, o hipódromo de Buenos Aires relatou não ter nenhuma informação oficial sobre o caso até o presente momento. Pelo que tudo indica, o vírus foi trazido por aves americanas e o que preocupa o Brasil é o fato destas aves passarem pelo País, mas um fato interessante é que foram examinadas no ano passado cerca de 600 aves por todo o Brasil e nenhum sinal do vírus foi detectado. O vírus e a doença O vírus leva o nome de Nilo Ocidental, pois homenageia o distrito de Uganda, local onde foi pela primeira vez isolado. Ele é um flavivírus e é parente próximo dos causadores de febre amarela e dengue. A diferencia é que o Vírus do Nilo Ocidental tem como transmissor o pernilongo do gênero Culex, de difícil controle. A doença proporcionada pelo vírus é capaz de infectar de jacarés a cavalos, inclusive seres humanos. A cada 150 pessoas, 1 tem sintomas graves. A infecção dura poucos dias, no máximo algumas semanas, porém, em muitos casos a doença acaba deixando seqüelas. Embora alguns pacientes não apresentem sintomas, os principais são: febre alta, dor de cabeça, rigidez no pescoço, tremores convulsão, perda da visão, entre outros, sendo que os sintomas podem durar várias semanas e os efeitos neurológicos serem permanentes. O parasita se reproduz entre as células do cérebro e desintegra os neurônios. Acaba despertando as células do sistema de defesa do ser humano para atacar o micróbio e acaba atacando o próprio cérebro, causando assim lesões em pontos distintos como o córtex cerebral, a medula e o cerebelo. Prevenção Utilize repelente para insetos, é a melhor maneira de prevenir a picada do pernilongo, principalmente de manhã e ao anoitecer, quando geralmente os mosquitos são mais ativos. Roupas claras ajudam a perceber o pernilongo, além disso, mangas e calças compridas são recomendadas. Evitar a entrada de mosquitos na sua casa ou estabelecimento de trabalho com redes específicas também é uma dica importante e não deixar água acumulada também.
02/05/2006
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