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Célula-tronco ajuda animais com problemas cerebrais e motores

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Cientistas dos EUA anunciaram que células-tronco ajudam animais com problemas cerebrais e motores a melhorarem. As complicações encontradas nos animais foram consideradas similares a problemas causados por ataques apopléticos (paralisia e desmaio súbitos causados por lesão vascular cerebral) ou paralisia em adultos. Segundo o Centro Médico da Geórgia e o Centro Médico para Veteranos da cidade de Augusta, o procedimento pode ser crucial para as pessoas. Atualmente, ataques apopléticos em humanos são considerados um grande problema e, felizmente, a pesquisa atinge diretamente a doença.    O estudo foi apresentado no último dia 7 durante o 58º American Academy of Neurology, em San Diego (EUA). As injeções tinham de 200 a 400 mil células-tronco humanas que foram injetadas nos animais com perda da mobilidade e outras funções físicas. Vale lembrar que células recém descobertas progenitoras plenipotentes adultas (MAPC) foram utilizadas no estudo.

Animais adultos foram analisados e estudados. No mínimo 25% da mobilidade motriz e função neurológica dos animais melhorou. Para o neurologista do Colégio Médico, Cesário Borlongan, uma simples dose produziu uma forte recuperação no inicio do transplante e a recuperação ficou estável até o final do estudo (dois meses). 

Mesmo sem 1% das células transplantadas neste período, houve um desenvolvimento dos neurônios e acredita-se que tenha sido por causa das células-tronco endógenas. Ocorreu até uma recuperação do tecido danificado. O resultado é que a recuperação é significativa, embora ainda esteja longe da cura.

Para ajudar os potenciais quadros clínicos dos pacientes, os transplantes foram executados sete dias após o ferimento inicial. Atualmente, os pacientes isquêmicos podem ser tratados com o tPA - ativador do plasminogênio tecidual, enzima presente no organismo que atua como anticoagulante na região cerebral, o único medicamento disponível no momento para o tratamento, aprovado pela FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de remédios e produtos alimentícios nos EUA. Em conseqüência, cerca de 95% das vítimas isquêmicas nunca recebem o tratamento com tPA.

Não é a primeira vez que células-tronco são utilizadas com este objetivo, o estudo parece promissor e traz a esperança de que seja possível combinar o tratamento com células-tronco e rigorosos tratamentos físicos que reduziriam problemas ligados ao movimento. De acordo com o estudo, os testes mostraram que existe uma grande vantagem no uso de células-tronco adultas, pois observaram ser seguras e não formaram tumores ou tecidos fora do normal, diferentemente das células embrionárias.

   
10/04/2006
 

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