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Porcos coloridos e fluorescentes

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A ciência muitas vezes elabora experimentos que não entendemos exatamente a serventia para a evolução no campo científico, porém, obviamente, tudo tem um por quê. A última novidade no campo da pesquisa foi feita em Taiwan, onde um grupo de pesquisadores injetou proteínas verdes fluorescentes (tiradas de medusas) em embriões de porcos para que estes tivessem uma coloração esverdeada em seus órgãos internos.

Segundo entrevista à Reuters, o professor Wu Shinn-Chih, do Instituto e Departamento de Ciência e Tecnologia Animal da Universidade Nacional de Taiwan, afirmou que foram criados ao todo três porcos trangenicos, sendo todos eles machos. Os três porcos trangenicos foram resultado de um total de cerca de 250 embriões distribuídos entre 8 porcas, sendo que muitos destes embriões não conseguiram nem ao menos se desenvolver.

O cientista revelou que experiências similares já foram feitas anteriormente, porém desta vez existe uma exclusividade: os suínos são fluorecentes tanto por fora, quanto internamente. De acordo com Wu Shinn-Chih, até mesmo os órgãos internos e coração são verdes.

Os porcos geneticamente modificados nasceram no ano passado e estão sendo analisados para ajudar em pesquisas de doenças humanas. Em muitos estudos os porcos já são utilizados, porém, com esta nova técnica, seria possível monitorar mudanças nos tecidos. As células fluorescentes indicariam no tratamento das células tronco a doença dos órgãos, o que permitiria os cientistas monitorarem o progresso terapêutico e não seriam necessárias operações invasivas.

Olhando por fora do animal, imagina-se que o porco está com tinta fluorescente, principalmente nos olhos, juntas e boca. No período do dia, os dentes e patas parecem verdes enquanto a pele tem apenas um tom esverdeado. Em relação a este assunto, a BBC Brasil informa que os porcos parecem emitir luz, pois brilham como uma lanterna quando expostos a luz azul. A mesma mídia revela que existe a curiosidade dos cientistas em injetar células-tronco dos porcos trangenicos em outras espécies de animas para verificar o comportamento do material genético. 

Outra constatação é que os pesquisadores pensam na possibilidade de que os porcos geneticamente modificados se reproduzam com porcos normais para a criação de uma nova geração híbrida, criando assim, novas cobaias.      Taiwan no campo da pesquisa genética

Taiwan é conhecida pela polêmica criação do primeiro peixe trangenico incandescente, em 2003. Na época o projeto foi muito criticado por ambientalistas. O peixe seria uma alternativa para os tão conhecidos ratos de laboratório. Para elaborar o peixe trangenico foi necessário utilizar o gene que faz a medusa ser fluorescente, e este foi transplantado para o fígado de peixes-zebras, na qual posteriormente foram introduzidas células cancerígenas. A experiência foi elaborada com sucesso, o tecido com câncer tornou-se tingido com a coloração fluorescente, o que permitiu a monitoração dos efeitos das drogas.

  
15/01/2006
 

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