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Insuficiência hepática causada pelo paracetamol

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Uma pesquisa feita nos Estados Unidos informou que o uso do medicamento paracetamol em excesso causa insuficiência hepática. O analgésico é um dos mais usados no Brasil, na Grã-bretanha e nos EUA.

Dados da pesquisa divulgada na revista americana New Scientist revelam que a porcentagem de problemas no fígado resultantes do paracetamol foi de 51% em 2003, enquanto no ano de 1998 era de 28%. A pesquisa foi realizada pelo Grupo de Estudo sobre Insuficiência Hepática Aguda, formada por pesquisadores de inúmeras universidades dos Estados Unidos. Originalmente, a entidade teve matéria publicada na revista acadêmica Hepatology.

De acordo com os cientistas responsáveis pela pesquisa, 8 comprimidos seriam a dose máxima aconselhada, mesmo na embalagem do produto, recomenda-se tomar apenas 4 gramas da medicação, o que é equivalente a 8 comprimidos. Segundo o estudo, o total de 20 comprimidos diários é suficiente para causar insuficiência hepática e levar a morte.

Foram analisados dados de mais de 660 pacientes que fizeram tratamento de Insuficiência Hepática Aguda entre os anos de 1998 e 2003. Entre os casos com consumo de analgésicos, 275 pacientes, 48% foram razões não-intensionais e 44% apresentaram tentativas de suicídio. O resultado obtido foi a morte de um quarto dos pacientes estudados.

Um dos problemas enfrentados é que grande parte dos produtos que contém o paracetamol é vendida sem prescrição médica, e, além disso, no caso dos pacientes estudados, muitas das pessoas que tiveram o problema, não sabiam que os remédios que estavam ingerindo continham paracetamol. Felizmente, alguns fabricantes deste remédio já advertem nos rótulos o perigo de ingerir uma dose maior que a de 4 gramas.     

 

Paracetamol para grávidas: Recomendável ou não?

Estudo publicado pela revista britânica "Thorax" fala dos problemas o uso descontrolado do medicamento por gestantes. Segundo a revista britânica, o paracetamol também é prejudicial quando utilizados por grávidas. Dados divulgados pela "Thorax" informam que 9 mil grávidas adeptas ao medicamento e às aspirinas foram analisadas e posteriormente tiveram seus filhos estudados. 

A conclusão foi que as mulheres que foram medicadas com paracetamol entre a 20ª e 32ª semana de gravidez, têm duas vezes mais chances de que seus filhos desenvolvam doenças respiratórias ao atingirem os três anos e meio de idade. Segundo a mesma mídia, mesmo com este resultado, no caso da necessidade de um analgésico, é preferível o paracetamol no lugar da aspirina, entretanto, é importante ressaltar que o uso do paracetamol deve ser moderando, principalmente depois do quinto mês de gestação. 

 

17/01/2006
 

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