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Aminoácidos para a terceira idade

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Com a idade, as pessoas se preocupam mais com a alimentação. Alguns cuidados começam a ser tomados e muitos estudos acabam auxiliando a população sobre o que se deve e o que não se deve ingerir. 

Na terceira idade existe uma grande apreensão em relação à perda muscular, entretanto, o Centro de Pesquisa sobre Nutrição Humana de Auvergne, da França, parece ter encontrado uma solução. Dados da pesquisa informam que uma dieta com aminoácido leucina pode ajudar os idosos a evitarem essa perda.

O estudo foi concluído há menos de um mês, e foi divulgado na revista Journal of Psychology. Segundo os dados publicados, os músculos do corpo humano são formados e destruídos constantemente na fase adulta, ocorrendo assim uma ‘manutenção’ dos mesmos, porém, com a chegada da terceira idade, a destruição dos músculos tende a ser mais rápida do que a sua formação.

Analisou-se o fato de que as proteínas são degradadas por enzimas e criadas a partir dos aminoácidos. Com o consumo de uma vasta quantidade de aminoácidos, após a refeição a velocidade de síntese de proteínas é muito maior. Desse modo, entre as refeições a velocidade da quebra das proteínas acaba sendo maior.

O que fica deste processo determina o restante de proteínas que permanece no músculo. O ponto relevante neste assunto é que, em pessoas mais velhas, e mesmo em animais, o estímulo para a síntese das proteínas à partir dos aminoácidos é menos eficaz e assim ocorre uma desaceleração no processo, contudo, a quebra das proteínas não é desacelerada, o que acarreta no número menor de proteínas em pessoas e animais de mais idade. A perda da massa muscular anual chega a ser de 0,5% a 2% após os 40 anos.      Experimentação em ratos de laboratório

Pesquisando o processo citado a cima, cientistas analisaram roedores considerados jovens (de 8 meses de idade) e roedores mais velhos (com 22 meses). Compararam a quebra de proteínas entre as duas idades e chegaram à conclusão que o balanço entre a síntese e a quebra destas proteínas foi restituído quando os ratos mais velhos ganharam níveis maiores de leucina.

Com isso, foi proposto que o problema com o balanceamento neste processo aparece com a idade que propicia distorção no mecanismo de quebra das proteínas musculares. Em entrevista para a BBC Brasil, o chefe da equipe de pesquisa, Diduer Attaix afirmou que a prevenção dessa perda de massa muscular é uma questão de saúde pública e também sócio-econômica que poderá ser talvez combatida com dietas ricas em leucina. 

Embora os resultados sejam interessantes, é necessário ressaltar que ainda devem ser feitos muitas investigações sobre o assunto. Em entrevista para a mesma mídia, Michael Rennie, da Nottingham Medical School (Grã-Bretanha), disse que a leucina está bastante presente em carnes. Ele fala ainda que, embora as pessoas acabem comendo menos ao passar dos anos, o ideal seria que mantivessem sua ingestão de proteínas.

  
18/01/2006
 

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