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O avanço na tecnologia contra a Aids

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A Aids, também chamada HIV, é uma doença causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (Human Immunodeficiency Vírus – HIV). A doença é adquirida, ela é causada por uma infecção pelo HIV. O vírus destrói os linfócitos (células responsáveis pela defesa do organismo humano) e ainda torna a pessoa vulnerável a outras doenças.

Até pouco tempo, Aids era sinônimo de morte, porém, com o avanço na ciência, a doença passou a ser crônica, isto é, a pessoa infectada pode conviver com o vírus durante muitos anos sem apresentar nem ao menos os sintomas da doença. Uma das últimas novidades sobre a Aids, veio de Londres. Segundo as pesquisas locais, uma mudança no gene humano seria capaz de evitar o desenvolvimento dos sintomas da doença.

Para os pesquisadores britânicos do Instituto Nacional de Pesquisas Médicas, existe uma diferença entre o gene do macaco Rhesus e dos seres humanos, e esta poderia bloquear a infecção do vírus. Já era sabido que a infecção das células dos macacos com o HIV era muito mais difícil do que a infecção em seres humanos, isto prova que as células dos animais, de certa forma bloqueiam a infecção. Os pesquisadores dizem que talvez, se as pessoas possuíssem o mesmo gene do macaco, possivelmente não existiria a epidemia que atinge hoje 40 milhões de pessoas.

Segundo a revista Current Biology, que divulgou o resultado da pesquisa, o gene que impede a replicação do vírus no macaco se chama Trim 5 alfa. Porém, em humanos, este mesmo gene tem uma diferença em uma proteína, e esta seria a chave o estudo. Com a substituição da proteína humana pela do animal, foi constatado que houve uma maior resistência das células humanas em relação ao vírus. Com estas descobertas é possível que se consigam novos conhecimentos em relação à origem da Aids e, por que não, a vinda de uma terapia genética.

Outra pesquisa publicada na revista americana Proceedings of the National Academy of Science, divulgada neste ano, também traz esperança aos infectados pela Aids. De acordo com a revista, uma bactéria geneticamente modificada poderia prevenir a infecção. Para o líder do estudo, Srinivas Rao, do Centro de Pesquisas em Vacinas dos EUA, a bactéria modificada libera uma substancia capaz de impedir o acesso do vírus no organismo.  

O artigo informa que a proteína que é produzida pela linhagem Nissle 1917 da bactéria Escherichia Coli, age como um "anti-HIV". O "micróbio vivo", assim chamado, vai para as mucosas da vagina, do intestino e do reto. Assim, a bactéria bloqueia a passagem quando despeja a proteína. Mesmo com tantos microrganismos da microflora natural conhecidos e utilizados na prevenção das doenças, é a primeira vez que a estratégia da engenharia genética é testada e usada para fins específicos.      O Dia Mundial de Luta Contra a Aids

Este último dia 1 de dezembro foi o dia Mundial de Luta Contra a Aids. Desta vez o foco da campanha foi o racismo, tendo em vista que a população negra nunca foi alvo das campanhas de prevenção, embora atinja 47,3% da população do País. Embora o Brasil esteja com uma tendência a estabilizar a epidemia, os causos da doença ainda aumentam na população mais pobre. E pensando nestes dois temas diretamente ligados, o slogan não poderia ser mais apropriado: "Aids e Racismo. O Brasil tem que viver sem preconceito".    Felizmente dados indicam que a epidemia está cada vez menor em diferentes grupos da sociedade. A pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde revelou que estão menores os casos da doença em adultos jovens, usuários de drogas e crianças a baixo de 5 anos que foram infectadas pela mãe em relação aos últimos anos. O Boletim Epidemiológico Aids DST 2005 informa também que entre 1980 e junho de 2005 foram registrados mais de 350 mil casos de HIV no País.

  
04/12/2005
 

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