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A gripe do frango também em humanos

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A famosa “gripe do frango”, tão discutida atualmente, é uma doença que todas as aves têm propensão a contrair, porém, os principais infectados são os frangos, perus, algumas espécies de patos e eventualmente porcos. Além destes animais estarem pré-dispostos à contaminação, o contato direto com aves infectadas transmite a doença também aos humanos.

O primeiro caso da gripe do frango foi identificado há cerca de um século na Itália. Na época acreditava-se que a doença ocorria apenas nas aves, até a contaminação de 18 pessoas em Hong Kong no ano de 1997. O vírus contraído pelos seres humanos é o H5N1, e, em muitos casos, pode ser fatal. 

Desde sua descoberta, percebeu-se que, além de existirem 15 tipos de variações do vírus, ele pode ser mutante, a ponto de sofrer alterações e infectar outros animais. Porém, é importante salientar que até hoje não existem registros de que a ingestão da carne do frango seja perigosa.

Os sintomas da doença são: Mal-estar, tosse, dor de garganta e febre. Alguns casos registram ainda conjuntivite e até mesmo pneumonia viral. Para tratar a gripe do frango, o paciente deve ser medicado com antivirais. Atualmente, inúmeras vacinas também são estudadas.

Desde março deste ano uma nova vacina testada nos Estados Unidos, pelo Instituto de Doenças Alérgicas e Infecciosas, tornou-se uma alternativa para criadores de frangos. Com o medicamento Gallimune Flu H5N9, é possível diagnosticar os animais que estão ou não contaminados.    No Brasil, a enfermidade ainda não chegou, mas, por precaução, o Ministério da Saúde e do governo do estado de São Paulo apóia financeiramente o Instituto Butantã na produção de uma vacina contra a gripe aviária. 

Para o secretário de vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, o Instituto tenta ganhar tempo e pretende produzir a vacina o mais rápido possível. Acredita-se que até o final do ano que vem, será construída também uma fábrica para produção desta vacina. Sabe-se também que do dia 16 ao dia 18 de novembro deste ano, o Rio de Janeiro vai ser sede do Seminário Internacional das Américas e espera-se a presença de 250 especialistas da área.      A gripe aviária pelo mundo

Após a chegada da doença em países como a Grécia, Turquia, Bulgária, Macedônia, Romênia e Moscou, a importação de aves de algumas localidades começou a ser proibida. O presidente da Comissão Européia José Manuel Barroso, afirmou que, se necessário, medidas drásticas serão tomadas. Embora a doença tenha atingido a Europa, nenhum caso foi registrado ainda em seres humanos no local. Mesmo assim, existe um grande medo que aconteça uma pandemia.

No último dia 17, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que existe a possibilidade da doença se espalhar para diversos países, mas a preocupação maior está na Ásia, onde a doença se tornou endêmica. Só no sudeste da Ásia foram mais de 60 casos de morte em seres humanos desde 2003. A OMS se preocupa com a ocorrência de uma mutação em um vírus humano, o que poderia matar milhões de pessoas, pois, se isso acontecesse, a transmissão do vírus poderia ocorrer de uma pessoa para a outra.     A Organização Mundial da Saúde recomenda ainda, que as pessoas evitem contato com pássaros com sinais da doença, mesmo quando as aves estiverem mortas. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), os próximos focos de contaminação serão a África e o Oriente Médio, pela rota migratória das aves.

Com o fato da doença estar se alastrando cada vez mais, diversos países estão estudando maneiras de conter uma pandemia mundial. A Hungria, por exemplo, anunciou testes com uma nova vacina que pretende proteger os seres humanos e animais contra o vírus. Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha também procuram novas vacinas. 

23/10/2005
 

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