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País destinará R$ 11 milhões para pesquisas com células-tronco

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O governo irá destinar R$ 11 milhões para o investimento em projetos e pesquisas com células-tronco no Brasil. Os recursos virão do Ministério da Saúde e do Ministério de Ciência e Tecnologia, de acordo com o primeiro edital que dispõe sobre o assunto, publicado no dia 20 de abril.

Serão financiados projetos de pesquisas básicas, como experimentações in vitro, as chamadas pré-clínicas, que fazem experimentos com animais, e as clínicas, que realizam  experimentos em seres humanos. 

O objetivo de tais técnicas deve girar em torno do desenvolvimento de procedimentos inovadores em terapia celular. As pesquisas visam buscar tratamento para doenças como mal de Parkinson, diabetes, doenças neuromusculares e alguns tipos de câncer, que trarão benefícios para cerca de cinco milhões de pessoas.

Será permitido o uso de células-tronco adultas da medula óssea e do cordão umbilical e células tronco-embrionárias, incluídas no edital devido à Lei de Biossegurança, de março deste ano.

Avanço

Segundo o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Eduardo Krieger, o financiamento de pesquisas com células-tronco embrionárias indica que a sociedade confia nos cientistas brasileiros. Para ele, o cientista atual tem grande preocupação em fazer com que o avanço da ciência seja voltado para a sociedade. "A comunidade científica amadureceu e está em condições de produzir esse conhecimento", disse. 

Conforme o ministro da Saúde, Humberto Costa, a inclusão  das pesquisas com células-tronco embrionárias é um avanço, pois elas têm a capacidade de se transformar em qualquer tecido, nervo ou osso do corpo humano. 

Para o ministro, as pesquisas desse tipo devem ter início imediatamente para que o Brasil acompanhe países que já realizam pesquisas com células de embriões, a exemplo da Inglaterra. Costa afirma que a sociedade não deve esperar resultados imediatos, mas o País está desenvolvendo pesquisas de ponta que, no futuro, certamente trarão benefícios enormes à humanidade. 

De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, os pesquisadores devem entregar seus projetos até 4 de junho e o início das pesquisas está previsto para o início de setembro.  
23/05/2005
 

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