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UnB inaugura centro de estudos para as nanociências

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A Universidade de Brasília (UnB) inaugurou, no dia 3 de maio, o Centro de Nanociências e Nanobiotecnologia, que reunirá profissionais do Instituto de Ciências Biológicas, do Instituto de Física e da Faculdade de Ciências da Saúde, além de contar com o apoio de colaboradores de outras universidades brasileiras, sob a direção da professora Zulmira Lacava.


O Centro será responsável pelas pesquisas envolvendo componentes, processos e estruturas que medem a bilionésima parte do metro e suas aplicações são importantes nas áreas automobilística, eletrônica, energética e biomédica.

Considerado um dos campos de pesquisa mais importantes da atualidade, a nanociência movimentou cerca de US$ 8,6 bilhões, somente em 2004. Foram investimentos de corporações, governos, universidades e outras Instituições em todo o mundo. No Brasil, a pesquisa nesses setores vai mobilizar R$ 77,7 milhões até 2007.

Os pesquisadores da UnB já têm quatro patentes registradas nacionalmente, duas em processo de registro e uma em redação para ser depositada em três mercados internacionais.

Conforme o Institute for Scientific Information, que divulga as mais importantes e influentes pesquisas internacionais, a UnB é a instituição de ensino superior que mais publica trabalhos acadêmicos em nanotecnologia no mundo.

Com a inauguração do Centro, a universidade deve consolidar ainda mais essa posição.   

 

Intercâmbio   

As Nanociências e Nanotecnologias foram o tema da Reunião de Buenos Aires, encontro organizado pela SPBC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e pela Associação Argentina para o Progresso da Ciência, em novembro de 2004.

Durante o evento, que contou com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia e outros organismos do governo brasileiro, foi discutida a possibilidade de formação de uma Rede de Nanociência e Nanotecnologia (N&N) para o Mercosul.

Além disso, uma das alternativas propostas, que obteve consenso e aprovação unânime dos participantes, foi a possibilidade de se a criar um Centro Binacional de N&N, utilizando o modelo do Centro Argentino-Brasileiro de Biotecnologia (Cabbio), que já funciona com grande êxito.

O Centro atuaria como um ponto de coordenação, no qual se integrariam grupos de pesquisa, redes de N&N e empresas do Brasil e Argentina, por meio de projetos definidos em articulação com o setor produtivo.

Um dos principais objetivos desse projeto é a formação de recursos humanos de excelência nas áreas de física, química, biologia e engenharia, e promover o intercâmbio científico em determinadas áreas e modalidades.

As demais metas incluem o apoio a cursos especializados, promovidos por instituições acadêmicas e científicas de cada país, a realização anual de cursos de curta duração, a elaboração de literatura especializada, o intercâmbio de professores e pesquisadores de instituições de cada país, projetos científicos e de desenvolvimento tecnológico binacionais e a extensão das ações para os países do Mercosul estendido. O Brasil dispõe de uma iniciativa articulada de N&N com quatro redes e quatro Institutos do Milênio. A área de N&N da Argentina ainda é incipiente (Área de Vacância), mas já está em andamento um processo de apoio a "Proyectos de Áreas de Vacância", voltados para a formação de redes.

10/05/2005
 

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