Primeiro clone zebuíno é brasileiro |
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![]() Para comprovar o desenvolvimento do país na área de clonagem bovina, o consórcio entre a Brasif S/A e o CENARGEN desenvolveu e registrou o primeiro clone zebuíno do mundo, outorgado pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), com sede em Uberaba, MG. O animal, uma bezerra da raça nelore, chamada “Divisa Mata Velha TN 1”, nasceu no dia 1 de setembro desse ano e é clone da vaca Divisa Mata Velha (BR 1000). A clonagem do animal foi realizado no laboratório de genética animal, Geneal, sediado na cidade de Uberaba, MG. A sua participação também faz parte da parceria entre o CENARGEN e a Brasif S/A. A empresa é especializada na área de biotecnologia da reprodução animal. Outro avanço conquistado pelo país nesse ano na área de clonagem animal foi a autorização dada pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), às associações de criadores, para o registro de animais clonados. Para tanto, leva-se em conta, por exemplo, a viabilidade dos gametas masculinos e femininos. Estudos comprovam que não há diferenças na variação da estabilidade genética entre os descendentes de animais clonados e não clonados. O próximo passo da parceria Embrapa-Brasif é fazer com que o laboratório Geneal esteja capacitado para clonar animais em grande escala, em até cinco anos. Dois fatores, em especial, mostram o forte impacto que as tecnologias de reprodução animal têm sobre a cadeia produtiva de bovinos, que são a melhoria do rebanho, devido ao melhoramento genético animal, e o aumento da eficiência reprodutiva. Dentre as técnicas que mais afetam o setor produtivo, destaca-se a clonagem por transferência nuclear (TN). Essa técnica compreende as etapas de produção de citoplasmas receptores, reconstrução dos embriões e a ativação e desenvolvimento in vitro dos embriões. Pesquisadores querem agora utilizar os clones nos programas de melhoramento genético animal, o que deve ocorrer em um curto espaço de tempo. A clonagem possibilitará, por exemplo, repor a perda de um animal de alto valor genético. Mais adiante, a intenção é a criação de Bancos de Conservação de Germoplasma Animal, pelas associações de criadores. Com eles, será possível garantir a variabilidade genética, uma grande preocupação relacionada à técnica de clonagem. A dúvida era se a variabilidade diminuiria com o seu uso. De acordo com o estudo realizado pelo órgão norte-americano Food and Drug Administration – FDA, não há risco algum para a saúde humana em consumir a carne e o leite de animais clonados. Esse é mais um dos fatores que colabora com os esforços da Embrapa e com as suas empresas parceiras para a difusão e introdução da clonagem bovina no mercado brasileiro e, possivelmente, internacional.
11/12/2009
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG |
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