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Alternativas para a não utilização de animais

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O número de animais de laboratório utilizados com finalidades científicas tem-se elevado firmemente durante os últimos anos. Este aumento é igualmente atribuível ao crescimento do uso de animais transgênicos, que são organismos dotados de uma fração de DNA de origem externa integrada ao seu material genético. A nova parte do DNA, em geral, apresenta um ou mais genes que foram modificados para que sejam capazes de se manifestarem no novo animal. Normalmente, esses genes adicionados determinam a produção de novas proteínas. Como resultado, o organismo transgênico apresenta uma nova função ou uma anomalia.

No final de maio, uma reunião internacional entre especialistas foi realizada no renomado Instituto Federal para a Avaliação de Risco (BFR), Alemanha, a fim de discutir alternativas ao uso de animais transgênicos na indústria e na ciência, e identificar as principais áreas onde são necessárias pesquisas adicionais sobre essa temática. Os organismos geneticamente modificados (OGMs) deram origem a novas áreas de estudo envolvendo doenças, facilitando a elucidação de seus mecanismos moleculares. Mas igualmente neste campo, as experiências com animais devem somente ser conduzidas quando todos os métodos restantes forem incapazes de dar continuidade ao experimento.

Somente em 2007, na Alemanha, 2,7 milhões de animais vertebrados foram destinados para pesquisas e outras finalidades científicas. Desde 1998, houve um aumento no emprego de animais em laboratórios e tal crescimento pode ser atribuido a utilização cada vez mais crescente de organismos transgênicos. Estes são, por exemplo, apropriados como modelos para espelhar doenças humanas como o diabetes, câncer ou o Alzheimer, favorecendo o desenvolvendo de novas terapias.

Os especialistas analisaram os métodos que possivelmente poderiam ser utilizados para substituir experiências com animais vertebrados transgênicos em um futuro de médio-prazo. Organismos alternativos como a mosca da fruta Drosophila melanogaster ou o nematóide Caenorhabditis elegans podem ser instrumentais. Experimentos específicos com culturas de células ou de tecidos tridimensionais são igualmente técnicas interessantes.

Melhorar os métodos de aperfeiçoamento genético e de reprodução são também viáveis na amenização do uso de organismos vertebrados, assim como o treinamento consistente dos profissionais de laboratório e dos detentores de animais. Faz-se ainda necessário melhorar a documentação dos estudos já finalizados e, gratuitamente, prover os dados e os resultados para finalidades científicas em uma base de dados central. A exposição da informação existente com modelos in vitro e suas oportunidades respectivas de uso também devem ser consideradas.

O grande potencial para reduzir o emprego de animais de laboratório não pode ser focalizado na recolocação completa de modelos transgênicos, mas sim nas novas oportunidades que os cientistas, através do conhecimento e da criatividade, são certamente capazes de encontrar.
06/07/2009