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Bioinformática – a fusão dos conhecimentos

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Muitas vezes, quando se fala em  alimentos transgênicos, clones, mutações de vírus e testes de DNA, nem imaginamos que, no fundo, todos esses assuntos tem um ponto em comum: a bioinformática. Afinal é através dela que todos os testes, exames e pesquisas envolvendo os genes de um ser vivo são feitos.

Assim, ao falarmos do genoma humano, por exemplo, estamos indiretamente falando de uma série de conhecimentos, técnicas e equipamentos que passam ao mesmo tempo pelo campo da biologia e da computação.

A bionformática é a ciência que une a biologia e a ciência da computação, e torna o ser humano capaz de ordenar dados como os do sequenciamento de DNA. Estes dados são muito difusos e extensos, e se não fosse a união dos conhecimentos de ambas as áreas, não seria possível para o homem decifrar os códigos e segredos escondidos na dupla hélice do DNA.

Quando um pesquisador procura decifrar um código genético, ele precisa dividir o DNA do organismo em várias partes e, à partir daí, ler cada uma delas separadamente, em seguida, o processo de “remontar” esse quebra-cabeça é feito pelos computadores dos laboratórios, que armazenam e organizam todas as informações em bancos de dados. 

O início do projeto Genoma Humano, na década de 80, foi determinante para o desenvolvimento da bioinformática. À partir de lá, com o desenvolvimento de novas técnicas de pesquisa genética e também com o rápido avanço da tecnologia digital e dos computadores, a bioinformática ganhou corpo próprio e hoje já é uma área determinante da biologia.

O perfil do profissional que lida com bioinformática é, geralmente, o de formação em ciências da computação ou biologia, com grande especialização em técnicas moleculares.  Obviamente o ideal é que o profissional tenha formação e conhecimento em ambas as áreas (ciências da computação e biologia), caso de alguns pesquisadores que atuam fortemente nessa área no país.

Na ciência brasileira, a bioinformática desempenha um importante papel nos laboratórios de sequenciamento genético. Em 1997 os conhecimentos da área foram utilizados no projeto de sequenciamento da Xilella fastidiosa, bactéria que prejudica os laranjais, causadora da “doença do amarelinho” (como é popularmente conhecida). Este projeto teve grande repercussão internacional, e chegou a ser publicado na revista Nature como artigo principal e capa da edição de 13 de junho de 2000.

Desde então, o uso no Brasil da bioinformática tem sido nos grandes centros de pesquisa, como uma ferramenta tecnológica que permite ampliar a mensuração dos dados apurados nos sequenciamentos de genomas.    

17/02/2004
 

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