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Hidrotermia extrai combustível de alga

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As tecnologias desenvolvidas para a produção de biocombustíveis propiciam a fabricação dessa classe de combustíveis a partir da biomassa, que é a matéria orgânica que se forma pela conversão fotossintética da energia solar.

Diversas pesquisas vêm sendo conduzidas com o objetivo se buscar diferentes fontes de matéria orgânica para a produção de biocombustíveis, bem como, para o desenvolvimento de novas tecnologias que tragam maior eficiência na produção e menor custo.

Esse esforço tem sido empregado largamente na produção do combustível a partir de algas, que por meio do processo natural de fotossíntese capturam o dióxido de carbono (CO2) e a luz solar, convertendo em oxigênio e biomassa. Pesquisas demonstraram, em sistema de tanque aberto, que 99% do CO2 pode ser convertido nesses dois produtos.  

Na busca por uma eficiência cada vez maior na produção de biocombustíveis derivados de algas, pesquisadores da Universidade de Michigan, EUA, estão utilizando uma forma de acelerar esse processo utilizando o aquecimento sob pressão. O objetivo do estudo é reduzir o tempo de produção desse produto e a um custo reduzido. Reunindo técnicas hidrotermais, catalíticas e biológicas, os pesquisadores pretendem reutilizar toda matéria produzida, permitindo a saída da refinaria apenas do óleo combustível.   

Nesse estudo, os cientistas utilizaram espécies conhecidas como microalgas, que são organismos bastante simples, mas que apresentam a vantagem de terem a parede celular menos resistente, em relação a outras espécies, facilitando a rompimento das células, o que aumenta o seu potencial de produção de biocombustíveis.

O intuito dos pesquisadores com o uso do método de cozimento sob pressão é o de acelerar o processo de transformação das algas em combustível. Ao empregarem o processo hidrotérmico, os cientistas puderam utilizar algas menos oleosas, o que elimina a necessidade de secagem, etapa comum na tecnologia convencional.

Todo o processo se inicia pelo aquecimento das algas à 300°C  e com água em alta pressão. O objetivo é fazer com que elas reajam com a água e assim haja o rompimento da parede celular. O tempo de cozimento varia de 30 a 60 minutos, que é o suficiente para obter um óleo cru. Além desse produto, são liberadas proteínas e carboidratos que ao se decomporem são adicionados ao combustível aumentando o seu rendimento.  
 
Nas próximas etapas do projeto, os pesquisadores querem melhorar a qualidade do produto obtido estudando a possibilidade de utilizar catalisadores para intensificar a densidade energética, torná-lo mais fluido e reduzir o seu teor de nitrogênio e enxofre. 

30/04/2010
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG
 

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