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Método inovador na produção do biobutanol

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O fim da era da energia renovável, após a revolução industrial, foi marcado pela introdução do uso do carvão mineral, originando a época dos combustíveis fósseis. Com o declínio das reservas mundiais, o petróleo consagrou-se como a principal fonte energética. Este, além de emitir grande quantidade de gases poluentes, é esgotável e suas maiores jazidas se localizam em regiões politicamente conturbadas, o que provoca constantes variações em seu preço.

A busca por combustíveis alternativos vem ganhando destaque nas últimas décadas. Essa substituição tem sido motivada por fatores ambientais, econômicos e sociais, uma vez que toda a sociedade depende de seu uso. Nesse contexto, uma alternativa que se tem destacado é o uso de biocombustíveis, que são todo o produto útil para a geração de energia, obtido total ou parcialmente de biomassa.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, EUA, encontraram uma maneira de dobrar a produção do combustível biológico butanol, que pode, no futuro, substituir a gasolina nos automóveis. O processo aperfeiçoa o método convencional de fabricar butanol em tanques de fermentação bacteriana.

Anteriormente, as bactérias podiam somente produzir uma determinada quantia de butanol - aproximadamente 15 gramas do produto químico para cada litro de água no tanque - antes que este se tornasse demasiado tóxico para a sobrevivência bacteriana.

Os cientistas desenvolveram uma estirpe mutante da bactéria Clostridium beijerinckii em um bioreator contendo feixes de fibras de poliéster. Nesse ambiente, os organismos bacterianos dotados desta mutação produziram até 30 gramas de butanol por litro.

No contexto atual, o butanol é usado principalmente como um solvente, e nos processos industriais que fazem outros produtos químicos. Mas os peritos acreditam que este padrão comum de utilização limita seu potencial como produto capaz de ser consumido por combustão.

Ao ser desenvolvido como combustível, o butanol pode ter potencial para ser usado em automóveis convencionais no lugar da gasolina, ao produzir mais energia do que o etanol, um outro combustível alternativo.

A recuperação e a purificação de butanol representam aproximadamente 40 por cento do custo total de produção. A partir do momento em que se torna possível fabricar esse álcool em concentrações mais elevadas, os cientistas acreditam que serão capazes de baixar os gastos e tornar a produção do combustível biológico mais econômica.

Atualmente, um galão de butanol, que equivale a 3,78 L, custa aproximadamente 3,00 dólares - um pouco a mais do preço atual para a mesma quantidade de gasolina.

Os pesquisadores envolvidos neste estudo estão requerendo patentes da bactéria mutante e da metodologia de produção do butanol. Posteriormente, trabalharão pelo desenvolvimento dessa tecnologia, juntamente com a indústria.
25/08/2009
 

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