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Bioeconomia norte-americana

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Vários aspectos do desenvolvimento humano, relacionados com o aumento da população, como a necessidade crescente por alimentos, o a acesso as novas tecnologias na saúde, a preservação do meio ambiente, entre outros, vêm exigindo grandes esforços da classe científica. Em consonância com esses processos, a indústria tem desempenhado o seu papel na sociedade colocando no mercado produtos que visam atender às principais necessidades da população.

De olho em um mercado altamente rentável, o governo dos EUA, um dos países mais ricos e desenvolvidos tecnologicamente, lançou o seu Plano Nacional de Bioeconomia, que tem como eixo central o fortalecimento da pesquisa em biociência, com o objetivo de promover a inovação e o crescimento econômico, e a recuperação econômica em áreas estratégicas como a saúde, a agricultura, a indústria de biotecnologia e os biocombustíveis, assim como na área de empreendedorismo.

Esse plano fundamenta-se no desenvolvimento de produtos ecologicamente sustentáveis, no uso de materiais biodegradáveis, na produção de alimentos personalizados e em tratamentos médicos que possam ser baseados em dados genômicos dos pacientes, entre outras vertentes tecnológicas.

O desenvolvimento de novas tecnologias, além de proporcionar benefícios à população, tem como função gerar crescimento econômico, no entanto, são necessárias estratégias específicas. O Plano lançado pelo governo norte-americano destaca que para atingir os objetivos é necessário realizar investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), como base para o futuro da bioeconomia nos EUA, facilitar o intercâmbio de investimentos entre os centros de pesquisa e o mercado, a fim de aumentar a oferta de produtos e serviços, reformar as regulamentações para que elas não se tornem barreiras para a expansão do mercado, desestimulando os investimentos, formar mão de obra especializada junto às instituições de ensino e desenvolver parcerias políticas público-privadas e colaborações pré-competitivas.

Esses pontos são a força motriz para estabelecer e fortalecer a bioeconomia estadunidense, levando a um desenvolvimento não apenas econômico, mas principalmente social oferecendo uma maior qualidade de vida à população.

 

Brasil: grande potencial bioeconômico

No último dia 15, o diretor de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Mól Junior, destacou, durante uma audiência pública sobre o tema “Inovação para a Sustentabilidade”, promovido pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), que o Brasil tem grande potencial para se tornar líder de bioeconomia, o comentário tomou como base a riqueza dos recursos naturais.

Ainda no mesmo evento, Mól lembrou que apesar de ter cerca de 15% da biodiversidade do planeta, o Brasil não chegou a catalogar nem 10% das espécies presentes em seu território. Outro exemplo do potencial econômico da natureza brasileira é o da indústria de beneficiamento do açaí, cujo faturamento já se aproxima do obtido pela indústria madeireira, lembrou o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre.

Apesar de todo potencial, ele comentou que para chegar a esse patamar, o país deverá facilitar o acesso de pesquisadores ao seu vasto patrimônio genético, a partir do qual poderão ser fabricados novos tipos de fármacos, cosméticos e alimentos.

21/05/2012
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG
 

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