Genes desligados alteram lignificação |
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A equipe de pesquisadores responsável pelo estudo, pertencente ao Institut Jean Pierre Bourgin (INRA), França, utilizou plantas da espécie Arabidopsis thaliana como modelo para mostrar que a lacase contribui efetivamente para a lignificação da planta. De acordo com a pesquisa foram identificados dezessete genes lacase e levando em consideração que os genes envolvidos nesse processo se expressem no caule, os pesquisadores examinaram a expressão de todos os 17 genes. Os resultados mostram que dois desses genes - LACCASE4 e LACCASE17 - foram encontrados com forte expressão no caule, tendo sido então selecionados para análise adicional. Analisando plantas mutantes de Arabidopsis nas quais os genes LACCASE4 e LACCASE 17 foram silenciados, as plantas geneticamente modificadas foram cruzadas entre si para gerar mutantes duplos onde faltassem as enzimas dos dois genes. Em estufa, ambas as espécies, mutante simples e dupla, cresceram normalmente, entretanto, foi observado que o teor de lignina nos mutantes simples foi ligeiramente reduzido, já nos duplo mutantes, a redução ficou em até 40%. Esses resultados demonstram que os genes lacase exercem influência sobre a produção de lignina. Um detalhe importante observado é que, nas plantas duplo mutantes, a redução da lignina teve um efeito positivo na sacarificação – processo em que os açúcares são liberados a partir da biomassa da planta. A partir dos resultados obtidos no estudo, será possível desenvolver ou aprimorar os processos de obtenção dos biocombustíveis através da biomassa dos vegetais. Dessa forma, a redução da lignina pode representar um grande avanço para a produção dessa classe de combustíveis, trazendo grandes vantagens às indústrias.
07/04/2011
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG |
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