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Congresso promove intercâmbio entre pesquisadores e empresários

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A Associação Brasileira das Empresas de Biotecnologia -Abrabi e a Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas - Inova Unicamp, realizaram a quinta edição do projeto "Transformando Biotecnologia em Bionegócios", dia 19 de maio, em Campinas.

A série de congressos tem como meta expor reais possibilidades de negócios para o setor, por meio do contato direto entre pesquisadores e investidores. O objetivo final é converter as pesquisas realizadas nas universidades em produtos e serviços em benefício do consumidor e, conseqüentemente, aquecer a economia do País.

Cada etapa do evento se divide em duas fases, em um único dia. Primeiro, são discutidos os instrumentos disponíveis para auxiliar o empreendedor, em várias esferas. Em seguida, são apresentados os projetos tecnológicos, previamente selecionados. Os pesquisadores demonstram seus produtos e técnicas, com informações sobre o mercado, o estágio da pesquisa, o que ainda falta para se chegar ao produto final e as estimativas de investimento.

Em Campinas, foram apresentados 12 trabalhos, que englobaram temas sobre biocombustíveis, alimentos funcionais, saúde humana e animal e clonagem de mudas de flores, para um público de empresários, pesquisadores e estudantes.   

 

 

Início   

Segundo o diretor executivo da Abrabi, João de S.B. Paes de Carvalho, o projeto surgiu devido à carência de mecanismos de estímulo à transmissão de tecnologia da universidade para a área de negócios e para o mercado. "Em 2003, fizemos o primeiro congresso em Manaus e, com o sucesso do empreendimento, no ano seguinte expandimos nossa ação para outros estados", afirma.

Neste ano, a série teve início em Belo Horizonte, passou por Campinas e, na sequência, virão Brasília, Porto Alegre, Recife, Manaus e, por fim, no Rio de Janeiro. 

Carvalho vê com muita preocupação a atuação brasileira no setor, dentro do contexto mundial. "Se não formos competitivos tecnologicamente, corremos o risco de perder tudo o que já conquistamos até agora", ressalta.

Para ele, o País é rico em recursos naturais, terra fértil, sol, água em abundância, enfim, repleto de fontes de pesquisa, mas deve ter um processo de criação eficiente e transferir o conhecimento para a prática. Só assim poderá concorrer igualmente com nações mais  desenvolvidas. "Na agricultura estamos bem, mas em outras áreas como a saúde, por exemplo, ainda há muito o que fazer", complementa.    O encerramento do congresso ficou por conta do ex-diretor científico da Fapesp, José Fernando Perez. Ele afirma que o Brasil está definindo o papel de cada setor - universidade, empresa, governo, agências de fomento – e isso é essencial para que se construa a "cultura do empreendedorismo". 

"A área de biotecnologia é estratégica para o País. Nós temos uma biodiversidade fantástica e profissionais competentes, falta apenas mais investimento em pesquisa e maior atenção governamental ao setor”, conclui.

O próximo evento da entidade será o Abrabi 2005, de 13 a 15 de setembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, para um público estimado entre duas e cinco mil pessoas. Serão cerca de 120 palestras e haverá uma grande exposição, com 60 estandes.

 

26/05/2005
 

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