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Gene matK ajuda a diferenciar espécies vegetais

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A classificação das diferentes espécies vegetais, ciência conhecida como taxonomia vegetal, iniciou-se no momento que o homem despertou para a biodiversidade das espécies vegetais. Os estudos se baseavam em métodos empíricos de classificação e se concentravam nas espécies de maior importância.

Com a evolução dos métodos de estudo e classificação, atualmente é possível utilizar o DNA pra distinguir diferentes espécies de plantas já identificadas, como por exemplo, o uso do “código de barras genético”. 

Uma equipe de pesquisadores do Departamento de Life Science do London Imperial College e do Royal Botanic Gardens, liderada pelo Dr. Vincent Savolainen, encontrou um gene, conhecido como matK, que pode ajudar a identificar diferentes espécies de plantas que vivem em ecossistemas ricos em biodiversidade vegetal, tais como as florestas tropicais. 

A pesquisa foi publicada em 7 de Fevereiro, na edição on-line da revista Proceedings of the National Academy of Science. Neste estudo o Dr. Savolainen contou com a parceria de pesquisadores das Universidades de Joanesburgo, África do Sul e da Costa rica.  

As seqüências de DNA do gene matK descobertas pelos pesquisadores diferem entre espécies de vegetais, no entanto, quando comparadas entre vegetais da mesma espécie essas seqüências foram quase idênticas. O achado pode ajudar os pesquisadores a distinguir plantas diferentes, mas que aparentemente pareçam estar relacionadas entre si. 

Os pesquisadores estudaram várias espécies de orquídeas que habitam a floresta tropical da Costa Rica e árvores e arbustos no Parque Nacional Kruger, na África do Sul. 

Com as orquídeas coletadas na Costa Rica foi possível aos pesquisadores utilizar o gene matK para identificar 1600 espécies, já no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, o gene matK foi utilizado para identificar árvores e arbustos. Os estudos com as orquídeas revelaram diferenças entre duas espécies, estas plantas não possuem o mesmo habitat e suas flores são adaptadas a diferentes insetos polinizadores. 

De acordo com o Dr. Savolainen o objetivo é construir uma base genética do matK do máximo de espécies vegetais possível de ambos os países. O pesquisador esclarece que o gene matK não pode ser usado para identificar todas as espécies de plantas e que para as espécies que passaram pelo processo de hibridização são necessárias mais informações.

      
14/02/2008
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG
 

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