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Informação é a chave para desmistificar os transgênicos

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No cenário contemporâneo, a biotecnologia está presente em todo o mundo e uma de suas vertentes são os produtos transgênicos, que vêm se desenvolvendo e conquistando adeptos nos mais diversos setores da produção de alimentos e rações animais. 

Atualmente, há cerca de cem milhões de hectares de transgênicos produzidos em escala comercial nos cinco continentes. Os principais produtos cultivados com essa tecnologia são a soja, o milho, o algodão e a canola. Diante dessa perspectiva, a informação qualificada é necessária e urgente para que o consumidor seja esclarecido sobre essa técnica. "É preciso transformar a ciência em conhecimento para a sociedade. O caminho é esse", afirmou Leila Oda, presidente da Associação Nacional de Biossegurança (ANBio), durante o Global Feed & Food Congress Brazil 2005, congresso mundial sobre segurança de alimentos, realizado de 11 a 13 de julho, em São Paulo. 

Segundo Leila, a opinião pública sobre o tema varia de acordo com a região e o tempo. "Nota-se que há uma grande apreensão por parte do consumidor, no que se refere a produtos transgênicos, o que somente pode ser atenuado por meio do conhecimento". O povo americano é o que melhor aceita as plantas geneticamente modificadas.
 
 
Aceitação   

O uso da tecnologia do DNA recombinante é mais aceitável na área médica. Problemas de aceitabilidade na área agrícola são decorrentes da ideologização das campanhas contra o uso deste tipo de tecnologia. Além disso, há muita informação controversa na mídia, fato que confunde ainda mais o consumidor. 

De acordo com a pesquisadora, as imagens e palavras de ordem dessas campanhas não conscientizam, apenas mostram uma posição contrária. 

Leila acredita que os benefícios dos transgênicos não estão muito claros para a população e a mudança de percepção é difícil. De acordo com ela, hoje, cerca de 25% da produção mundial de cereais está contaminada por toxinas, o que pode ser evitado com o uso de sementes transgênicas.

 

Segurança   

A tecnologia veio para suprir uma demanda da sociedade. Mais de um milhão de toneladas de produtos geneticamente modificados - OGMs - já foram consumidos em mais de 20 países, nos últimos dez anos. 

Além de levar vantagens aos agricultores, os OGMs contribuem para uma vida mais saudável, já que permitem a criação de plantas mais resistentes a insetos, com maior valor nutricional e com a diminuição do uso de agrotóxicos no campo. 

Na China, por exemplo, a produção de algodão geneticamente modificado teve uma redução de 82% no uso de pesticidas. 

A segurança desses produtos é baseada em ciência. Conforme Leila, o alimento desenvolvido pela biotecnologia passa por uma série de exames, caso a caso, antes de ser liberado para a comercialização.     São realizados rigorosos testes de avaliação de segurança, tanto para a saúde humana e animal, como para o meio ambiente. 

Para a pesquisadora, o papel dos cientistas é o de desmistificar o tema para a sociedade, permitindo a escolha consciente.

12/07/2005
 

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