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Biotecnologia marca presença na Agrishow Ribeirão Preto

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Apesar do enfoque voltado especialmente para os negócios de máquinas e suplementos agrícolas, empresas de biotecnologia, instituições de ensino e órgãos do governo que desenvolvem pesquisas na área também marcaram presença na edição deste ano da Agrishow.

O evento, que aconteceu de 16 a 21 de maio, é o maior da América Latina no Setor. Durante os seis dias de feira, foram negociados este ano mais de R$700 milhões, muitos deles no setor de máquinas agrícolas e inovações tecnológicas. 

Apesar da diminuição em relação ao ano passado (quando foram negociados mais de R$1,2 bilhões), a Agrishow continua sendo um forte ícone do potencial e desenvolvimento do setor agrícola brasileiro. A feira, que possui destaque internacional, contou ainda com a visita de embaixadores de 21 países (entre eles Rússia e China, dois grandes compradores), que vieram conhecer melhor o potencial do agronegócio brasileiro.

O evento, que apresentou principalmente máquinas e equipamentos para as mais diversas etapas da produção na agricultura e pecuária, teve também espaços voltados unicamente para a divulgação e difusão de conhecimento, com informações úteis tanto para o simples homem do campo como para os grandes agroempresários.

Institutos de ensino, empresas privadas e governamentais apresentaram inúmeros projetos de pesquisa, produtos e inovações, muitos na área de biotecnologia. A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), empresa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), contribuiu com a vinda à feira de diversas instituições de ensino para apresentação de trabalhos científicos relacionados ao agronegócio, montando um pavilhão próprio para exposição das universidades.

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) apresentou como novidade o seu bioinseticida BT-Horus, o primeiro inseticida desenvolvido para combater o Aedes aegipty, o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela, além de outros produtos. 

Já a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo destacou espaço, entre outras coisas, para a apresentação de produtos da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) e do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), como testes de DNA e resultados do melhoramento genético de plantas.

Outro ponto forte foi a assinatura, no dia 17, de um convênio entre a USP, a UNESP, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e empresas privadas para ampliação dos testes com biodiesel em tratores, buscando desenvolver melhor a tecnologia. Realizada dentro do evento, a solenidade contou com a presença do ministro Roberto Rodrigues, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e outras personalidades.

A feira apresentou também um espaço exclusivo destinado à exposição de veículos movidos a biodiesel, que fazem parte das pesquisas atuais com este combustível no país.

Compareceram ainda à feira empresas que oferecem produtos e serviços na área de biotecnologia, expondo aos visitantes as soluções encontradas com pesquisas em inseminação artificial, hormônios e desenvolvimento de sementes. Um dos estandes, inclusive, traz aos expectadores informações específicas sobre transgênicos, buscando divulgar mais as características deste tipo de planta.


Diminuição

Para Manuel M. Da Silva Júnior, gerente de negócios da Biomatrix, empresa de sementes presente na feira, o enfoque essencialmente voltado para a venda, e não para a informação, tem diminuído a presença de empreendimentos que desenvolvem pesquisas nesta área. 

Segundo ele, antes a Agrishow era um espaço destinado também à difusão de novidades científicas, o que já não acontece hoje. Além disso, o contato dos visitantes com essa tecnologia era muito mais intenso: “Empresas como Monsanto, Dow Agrosciences e a nossa empresa plantavam seus produtos e demonstravam, ao vivo, as diferenças entre cada tipo”, explica.

Segundo o executivo, a feira permite um maior contato com os clientes, para suprimir dúvidas e explicar o funcionamento das novas tecnologias apresentadas. Já os negócios são um “segundo passo”, a serem realizados após a edição da feira.
 
 
17/05/2005
 

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