Fungo brasileiro ajuda a combater praga na África |
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Um fungo identificado no Brasil está sendo a mais eficaz arma encontrada por órgãos internacionais contra um parasita muito comum às plantações de mandioca continente africano, o ácaro verde. Conhecido desde a década de 80, o Neozigities tanajoae é um parasita natural, capaz de eliminar o ácaro. O fungo, proveniente do Nordeste brasileiro, foi estudado pelo pesquisador brasileiro Ítalo Delalibera, professor do Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ- USP). Na África, as plantações de mandioca são uma importante fonte de sustento para grande parte da população. Em alguns países do continente, segundo Delalibera, o consumo per capita anual de mandioca pode chegar a até 300 quilos, ou seja, quase um quilo por pessoa por dia. No entanto, a produção do alimento somente não é maior em função das perdas geradas pelo ácaro verde. O parasita alimenta-se das folhas de mandioca, sugando suas células. Com isso, a planta perde a coloração, prejudicando o processo de fotossíntese. A raiz é um dos principais cultivares do continente, e faz parte da alimentação básica de milhões de pessoas. Com o parasita, a diminuição na produção de mandioca coloca em risco o abastecimento de pessoas em diversos países africanos. Em Benin, as perdas causadas pela praga já atingiram 80% de toda a produção. Estíma-se que o parasita tenha chegado acidentalmente no continente africano por volta da década de 70, espalhando-se de maneira rápida e ampla. "Trata-se de uma praga de ciclo muito rápido, mas chegou a atingir vários países africanos, numa extensão que pode ser comparada ao continente europeu", conta o professor. Importância Social
Disseminação
13/01/2005
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