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Fiocruz vai produzir camundongos transgênicos

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Neste último dia 22 foram inauguradas a Unidade de Transgênese e o Banco de Embriões de Camundongos do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz (CPqGM), unidade da Fiocruz em Salvador. 

Juntos, os dois centros integrados elevam a infra-estrutura brasileira ao mesmo nível de avançados institutos ao redor do mundo, uma vez que permitem tanto a manutenção de linhagens já existentes como a criação de novas cepas geneticamente modificadas.

As novas instalações serão coordenadas pelos pesquisadores Ricardo Ribeiro dos Santos e Milena Botelho Pereira, e são fruto da colaboração dos doutores Jean-Louis Guénet e Charles Babinet, do Instituto Pasteur, em Paris. A parceria é parte de um programa de cooperação tecnológica entre o Instituto e os países do Mercosul, o Amsud/Pasteur, que desde 2001 tem programas de desenvolvimento de pólos tecnológicos.

Babinet, um pioneiro nas técnicas de transgênese na França, é um dos maiores especialistas em desenvolvimento de mamíferos do mundo e responsável pela direção do Laboratório de Desenvolvimento Biológico do Instituto Pasteur. Jean-Louis Guénet, especialista em genética de animais de laboratório, é coordenador da Unidade Genética de Mamíferos do Instituto Pasteur.    A Unidade de Transgênese deverá trabalhar na elaboração de novas linhagens de camundongos para utilização em pesquisas de base genética, teste de novos medicamentos, desenvolvimento de novas terapias. Para operar os equipamentos e desenvolver as novas pesquisas na unidade, 25 cientistas da Fiocruz passaram por um treinamento de uma semana com os pesquisadores Jean Louis-Guénet e Ricardo Ribeiro dos Santos.    O Banco de Embriões de Camundongos deverá servir para abastecer instituições de pesquisa e biotérios dedicados à criação de camundongos para as pesquisas. Com a armazenagem de linhagens isogênicas (geneticamente idênticas) de camundongos, utilizadas em biotérios convencionais, e linhagens geneticamente modificadas, muito importantes para pesquisas de ponta como células-tronco e novos medicamentos, pesquisadores podem ficar mais seguros quanto à continuidade do abastecimento dos biotérios de linhagens específicas para as pesquisas e novas linhagens.    No mercado externo, o preço de um camundongo geneticamente modificado, como os que agora podem ser desenvolvidos e armazenados na Fiocruz, pode chegar a US$1,5 mil, o equivalente a quase R$5 mil por cada animal utilizado.  
26/03/2004
 

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