Risco de gripe aviária no Brasil é considerado baixo

Dados de um estudo da consultoria britânica Maplesoft revelam que, entre 161 países, a posição do Brasil é de 119º no ranking referente ao risco da doença. O estudo lista países em ordem decrescente do risco e segue dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), do Órgão das Nações Unidas (FAO) e do Instituto de Recursos Mundiais.

O ranking leva em conta a possibilidade do vírus H5N1 sofrer mutação e transmitir a doença de pessoa para pessoa. No topo dos países de risco estão Bangladesh, Ruanda e Burundi. O ranking geral abrange três aspectos: risco de disseminação da doença no país, risco de surgimento de uma nova doença e capacidade de contenção da epidemia. Nessas posições, o Brasil se encontra respectivamente nas seguintes colocações: 52º, 148º, 111º lugar.     A densidade populacional, população rural, importação de animais, número de médicos e densidade aviária, também são levados em conta. O estudo em si é importante para que se avalie o risco da epidemia e assim fazer com que os países detalhem estratégias de administrar e combater o risco. Comparada aos outros países, a colocação brasileira é encarada como de risco mediano de enfrentar uma epidemia humana.    Cientistas do mundo todo estão preocupados que uma epidemia de gripe letal aconteça nos próximos anos entre as pessoas. O fator que os cientistas temem é que o vírus H5N1 é altamente contagioso e letal entre as aves. O vírus já matou mais de 60 pessoas desde 2003 na Ásia, e, caso haja uma mutação combinada com o vírus da gripe em humanos, o vírus iria se espalhar com uma facilidade muito grande e isso resultaria na morte de muitas pessoas, tendo em vista que o sistema imunológico humano ainda não sabe lidar com esta infecção.

Tentando evitar a doença muitos países estão tomando medidas para banir importação de aves, ovos e produtos em geral que tenham ligação com aves, porém, em relação aos pássaros selvagens é um pouco mais complicado, e é por isso que, na Inglaterra, por exemplo, alguns estudos já foram encaminhados para especialistas do governo. Para aqueles que possuem pássaros domésticos, é aconselhado que mantenham seus pássaros longe de aves selvagens e que os alimente dentro de suas casas. Alguns privilégios para aqueles que colaboram com o governo também estão sendo oferecidos em alguns países.      Sintomas em humanos

Pessoas infectadas pela gripe aviária apresentam: febre, tosse, dor de garganta, dificuldade de respiração e, em casos mais graves, falhas nos órgãos vitais. Depois do surto ocorrido em 2004, mais da metade das pessoas infectadas com a doença acabaram morrendo. Lembrando que a grande maioria tinha contato direto com as aves. Até hoje a OMS registrou 147 casos em humanos, sendo 79 fatais e embora não exista uma vacina para seres humanos, já está sendo estudado um protótipo.    Como já foi dito, o vírus H5N1 é natural de pássaros migratórios aquáticos, sua propagação acontece por meio de secreções. O sacrifício do animal infectado é a alternativa mais escolhida atualmente. É importante dizer que aves domésticas têm facilidade de contrair o vírus em sua forma mais letal.

16/01/2006