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Câmara dos EUA aprova lei sobre células-tronco

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A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou, no final de maio, um projeto de lei que permite a expansão dos limites impostos ao financiamento de pesquisas com células-tronco embrionárias naquele país, apesar da ameaça de veto anunciada pelo presidente George W. Bush.

O projeto foi aprovado com 238 votos a favor e 194 contra, suficiente para passar adiante no Congresso, mas muito abaixo da maioria de dois terços, ou 290 votos, necessária para impedir o veto presidencial.

Defensores da pesquisa apostam que as células-tronco embrionárias poderão, no futuro, ser úteis no tratamento de muitas doenças graves e na recuperação de tecidos danificados.

Para que isso ocorra, as células têm que ser extraídas de um embrião de cinco a seis dias, que é destruído no processo. Os opositores da medida consideram que esse embrião se constitui em uma vida humana e não pode ser sacrificado para o benefício de outros.   

 

 

Divergências   

Conforme o líder do Partido Republicano, Tom Delay, aprovar a lei é o  Mesmo que financiar, com dólares dos contribuintes, o esquartejamento de seres humanos vivos para fins de experimentação médica. No entanto, ele não convenceu os democratas.

Entre seus opositores - os próprios companheiros de partido - está Mike Castle, autor do projeto de lei, juntamente com a democrata Diana DeGette. "Esse não é um voto fácil para muitos dos republicanos, e também para  Muitos democratas", disse Castle. O presidente Bush declarou à imprensa que está muito preocupado com o tema da clonagem. "Sou favorável à pesquisa com células-tronco, mas deixei claro ao Congresso que sou contra o uso do dinheiro dos contribuintes para promover uma ciência que destrói vidas para salvar vidas. Portanto, se uma lei faz isso, vou vetá-la".    Em outro discurso Bush, cercado por famílias que adotaram embriões de clínicas de fertilização, ressaltou que as crianças que estavam ali eram um lembrete de que toda vida humana é um dom precioso, de valor incalculável.

"Com políticas e técnicas corretas, podemos buscar o progresso científico e, ao mesmo tempo, cumprir nossos deveres morais."   

 

Outra lei    

Os deputados aprovaram quase por unanimidade - apenas o republicano Ron Paul, do Texas, votou contra - uma segunda lei que cria uma rede nacional de bancos de sangue extraído do cordão umbilical de recém-nascidos.

Em abril, um relatório da Academia de Ciências dos Estados Unidos sugeria a criação de um banco desse gênero em nível nacional. De acordo com o documento, as células-tronco extraídas do cordão umbilical seriam usadas para o tratamento de muitas doenças, mas o atual sistema de coletar, armazenar e atribuir o sangue de cordões é fragmentado e menos eficaz do que poderia ser. 

 

24/05/2005
 

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