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Insetos como bioindicadores de equilíbrio ambiental

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O responsável pelo Projeto de Ecologização da Pecuária Familiar, Marcos Borba, em matéria divulgada pela própria empresa, afirma que trabalharam com 30 famílias de besouros, aranhas e mais de 120 tipos de aves. Para ele, o calor da época é responsável por encontros mais freqüentes com aranhas e besouros, e, embora a maioria das pessoas elimine esses insetos, estes servem como meio de avaliação do ambiente e são muito úteis em pesquisas.

O trabalho é percussor na região de Bagé e Caçapava, onde o estudo foi realizado, e, possivelmente, também no estado do Rio Grande do Sul, pois a pesquisa engloba aspectos como o solo, fauna e superfície simultaneamente. Para concretização do estudo foi montado um laboratório para coletar estes insetos nos arredores da Embrapa, assim, criaram um espaço para coleta, armazenamento e avaliação das aranhas e besouros. Pela considerável quantidade coletada, pode-se chegar à conclusão que a região de Bagé e Caçapava possui um bom nível de qualidade ambiental.    



A coleta

Para coletarem os insetos foi usado um cano de 100mm de diâmetro encaixado com um copo plástico dentro com formalina (substância que possui formol e detergente para quebrar a tensão superficial da água). Também foi usado um suporte de três estacas e um azulejo servindo como tampa. O material ficou há 12 cm do solo, e assim, foi criado um esquema em que: quando os insetos andam na superfície, chegam à beira do copo e acabam caindo e morrendo na água. Segundo um dos bolsistas engajado no projeto, Leonardo de Moraes, as coletas são feitas quinzenalmente em Palmas, Bagé, Caçapava e Santa Barbinha.    Após a coleta nestas armadilhas, é feita uma triagem onde os besouros e aranhas são separados e classificados por espécie e importância para o ambiente. Desta forma, considera-se que, se o inseto pega matéria orgânica e transporta para o solo e contribui para a fertilidade do mesmo, logo, ele é um bioindicador.  

 

A função das aves no meio ambiente    

O pesquisador Marcos Borba esclarece que um levantamento das espécies da região está sendo feito. Ele explica que são realizadas observações de campo com indicações do comportamento das aves existentes nas localidades. Um dos problemas enfrentados é que muitas espécies são parecidas, e por isso, existe todo um cuidado para capturá-las sem causar danos.

Para capturar a ave são usadas rede de neblina, ou seja, malhas abertas que prendem a ave e permitem sua liberação após a identificação. Depois de capturada, a ave será fotografada e assim é possível identificar características mais específicas. É curioso que a formação do crânio e do bico são itens essenciais para a identificação, além disso, o amanhecer e o entardecer são os horários mais indicados para as capturas.

 

 

13/02/2006
 

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