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Algoritmo genético ajuda polícia

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As ferramentas utilizadas pelas polícias de diferentes países para o reconhecimento de suspeitos vêm sofrendo grandes avanços com o desenvolvimento e a introdução de novas tecnologias. Diversos sistemas de identificação têm sido projetados e aperfeiçoados buscando a precisão do processo. A moderna tecnologia que alia a ciência computacional e os conhecimentos da genética faz parte de sistemas de reconhecimento de face, os quais se baseiam, principalmente, na detecção de características individuais, tais como o formato dos olhos, do nariz, da boca, o contorno da cabeça, entre outros.

Um dos mais recentes avanços é o desenvolvido pelo professor da Universidade de Kent, localizada na cidade inglesa de Canterbury, Christopher Solomon. Ele desenvolveu um software, chamado EFIT-V, originado de um sistema óptico utilizado pelo pesquisador para obter imagens turbulentas da atmosfera, aliado a um algoritmo genético interativo que modifica de forma progressiva características baseadas em princípios evolutivos.   

Na computação, a técnica do algoritmo genético é utilizada para encontrar soluções exatas ou aproximadas, que possibilitem a busca para a resolução de problemas. Esses algoritmos são um tipo particular de algoritmos evolucionários, os quais usam informações baseadas na biologia evolucionária, tais como a hereditariedade, a mutação, a seleção e o crossover.  

Para a identificação de um indivíduo, características como o tamanho do nariz e o formato do queixo, por exemplo, são representadas como genes matematicamente modificados. A partir das informações passadas pela testemunha são realizadas mudanças que orientam as alterações da face. De forma geral, os indivíduos são representados genotipicamente por vetores binários, onde cada elemento de um vetor indica a presença (1) ou ausência (0) de uma determinada característica, ou seja, o seu genótipo. A partir dessas informações os elementos podem ser combinados formando as características reais do indivíduo (fenótipo).

Quando comparada com a técnica na qual o policial procura desenhar o rosto do suspeito, a partir dos dados fornecidos pela vítima, o software se mostra muito mais vantajoso, pois mesmo que a testemunha não se recorde de detalhes do rosto da pessoa, ao vê-lo novamente no programa ela se recordará. O programa apresenta à testemunha um certo número de rostos que são gerados de forma aleatória, para que ela escolha aquele que mais se pareça com o desejado. Após essa primeira fase, um algoritmo genético será utilizado para gerar novos rostos a partir daquele anteriormente escolhido, até que a vítima encontre a figura adequada.

O novo software, que já vem sendo utilizado em diversos países da Europa, além da Inglaterra, tem propiciado às autoridades encontrar um número cada vez maior de suspeitos.
04/12/2009
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG
 

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