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Novas variedades de OGM no Paraguai

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De acordo com o relatório do International Service for the Acquisition of Agri-biotech Applications (ISAAA), cerca de 134 milhões de hectares foram plantados com transgênicos em 25 países no ano de 2009. Só para que se tenha uma noção, essa área equivale a duas vezes e meia o território da França ou cinco vezes o estado de São Paulo.

Em relação à 2009, a área cultivada com culturas geneticamente modificadas aumentou 10,5 por cento. A agrobiotecnologia já é hoje utilizada em 10% do total dos solos agrícolas do planeta, o equivalente à área do território dos Estados Unidos da América. O cultivo dessas espécies teve início há 15 anos e os benefícios da utilização da engenharia genética de plantas tem-se tornado cada vez mais visíveis.

Atualmente, o ranking dos dez maiores produtores de plantas transgênicas no mundo conta com os seguintes países: EUA, Brasil, Argentina, Índia, Canadá, China, Paraguai, África do sul, Uruguai e Bolívia.

É nesse contexto favorável, que o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAG) do Paraguai anunciou no dia 17 de novembro de 2010 a aprovação de pedidos apresentados por empresas norte-americanas – Dow AgroSciences, Monsanto e Syngenta, assim como a paraguaia Agrotec, para o cultivo de quatro variedades de organismos geneticamente modificados (OGM), as quais já foram estabelecidas em plantações experimentais nesse país.

Sob a supervisão do recém-criado Instituto Paraguaio de Tecnologia Agrícola (IPTA), os testes estão sendo realizados em campo experimental. As espécies cultivadas foram os milhos RC1507 (Agrotec e Dow AgroSciences), o VT3Pro MON89034 (Monsanto) e o Bt11 (Syngenta), cujas principais propriedades são a resistência a insetos e tolerância a herbicidas. Sua liberação para fins comerciais ocorrerá no final de 2012 ou início de 2013.

Como em toda a implantação de uma cultura de transgênicos, o cumprimento das normas de biossegurança devem ser uma preocupação por parte do governo de qualquer país. Dessa forma, engenheiros paraguaios realizaram análises que demostraram que
as culturas estão dentro dessas normas.

Além do milho, a Monsanto tem culturas de soja e de outras espécies já aprovadas e também experimentos com algodão geneticamente modificado, em fase final para obter certificação, que dará o direito à comercialização.

Mesmo apresentando inúmeras vantagens, o plantio de variedades geneticamente modificadas, ainda desencadeiam diversas manifestações de organizações governamentais do Paraguai, contra o estabelecimento dessas culturas, principalmente no que tange às questões ambientais.

25/03/2011
Arlei Maturano - Equipe Biotec AHG
 

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